Contrári (as)

Os olhos querem letras livres, impregnadas de valor facultativo e imaginação 

Os dedos correm para falar do imprevisível, do agora não calculável, não culpável, isento de erro

Mas dura é a pedra com a qual se deve talhar o amanhã e o que faz dele possível é a palavra que impõe regras, a arraigada de valores, a não passível de versões, a não livre, a enclausurada no abismo do que lhe é posto 

São felizes, porém, os olhos quando analisam o que está feito pela métrica do autorizado 
 
Regozijam-se também os dedos ao reproduzir não o que  encanta, se isso impulsiona o amanhã que se precisa ter 

A luta é  árdua: o precisar dói, mesmo quando está de acordo com o gostar

Comentários

Postagens mais visitadas